Por Maila-Kaarina Rantanen, correspondente na Finlândia - A celebração da Páscoa, com direito a ovos e coelhos, é muito anterior ao cristianismo.
E não são somente os símbolos que se mantiveram; o espírito da celebração e o seu maior símbolo também: a ressurreição.
Enquanto os cristãos celebram a ressureição de Jesus, os pagãos sempre celebraram a ressurreição da terra, a nova vida que brota, que ressurge com o fim do inverno e da escuridão.
As celebrações pagãs baseiam-se nas fases da lua, na troca das estações, porque assim era o calendário no passado. O Equinócio da Primavera, que ocorre entre os dias 20 e 23 de março é o dia que marca início da estação. É simbolizado por ser o dia do ano em que temos exatamente o mesmo tempo de dia e de noite.
O Equinócio de Primavera representa o perfeito equilíbrio entre a luz e a escuridão, entre o feminino e o masculino, entre a vida e a morte, entre o fim e o recomeço. A partir dele a terra volta a gerar vida e alimento.
O nome Páscoa deriva de um festival judaico chamado Passover e se manteve em diversas culturas: Pascha em grego, Pasqua em italiano, Páscoa em português, Paaske em dinamarquês, Paques em francês, etc.
Já Easter, a variação dos países anglo saxônicos (Ostern na Alemanha), vem de uma deusa pagã chamada Eaostre, deusa da primavera e da renovação. Seu nome em algumas culturas é Ostara, que é também como pagãos que seguem a Wicca chamam a celebração.
Eaostre Deusa Pagã da primavera e da renovação
Foi somente em 325 d.C que o primeiro grande conselho cristão, o Concílio de Niceia, determinou que Páscoa seria uma festa móvel, celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia, depois do equinócio de Primavera.
Ao longo desse final de semana, trarei mais curiosidades e história para vocês sobre a Páscoa.
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