Foto: Divulgação MAR
O Museu de Arte do Rio passou a operar com total capacidade para receber o público. A medida é em conformidade com o decreto 49.588 da Prefeitura do Rio, que libera 100% do público e o distanciamento social em diversas atividades. O uso de máscara continua obrigatório em todas as dependências do museu e é preciso apresentar o comprovante de vacinação para a entrada no local.
Desde fevereiro, quando o museu foi reaberto, a capacidade máxima permitida era de 100 pessoas por hora no pavilhão de exposições. Com o retorno do funcionamento em sua totalidade, o MAR passa a permitir até 900 pessoas no pavilhão simultaneamente. De fevereiro a junho, o MAR teve uma média de público de 1.500 pessoas por mês. Antes da pandemia, em 2019, o museu tinha média de público de mais de 18 mil pessoas por mês. Em abril, o museu foi fechado novamente por causa do aumento do número de casos da Covid-19, o que fez com que a Prefeitura tomasse medidas mais restritivas. O maior pico de público foi no mês de setembro com a inauguração da exposição “Crônicas Cariocas” e no mês de julho com as férias escolares.
O Museu de Arte do Rio adotou todas as medidas sanitárias para garantir a segurança dos visitantes. Na entrada é feito o controle de temperatura e disponibilizamos álcool gel para a higienização das mãos em diferentes pontos das instalações.
“Ficamos muito felizes que poderemos retomar nossa capacidade total de atendimento. A arte e a cultura fazem parte de um momento de lazer e entretenimento que tanto precisamos. Lembrando que o museu é um dos ambientes mais seguros para se frequentar, já que o visitante passeia, mas não há contato com as mãos em nenhuma instalação” ressalta a diretora-executiva do MAR, Sandra Sérgio.
CRÔNICAS CARIOCAS
A mostra “Crônicas Carioca”, inaugurada no mês de setembro, foi pensada para escutar e discutir o Rio de Janeiro que não está nos livros, mas que figura no imaginário coletivo daqueles que vivem e respiram a cidade em toda sua complexidade. A montagem dá vida às histórias cotidianas; relações com a vizinhança; festas; encontros dos ônibus lotados e calçadas. Por trás daquilo que é exportado ao mundo, propõe-se narrar o Rio que se embeleza e finge não ver os subúrbios.
São quase 600 obras de arte — nos mais diversos suportes, como vídeos, objetos, instalações, fotografias e pinturas — que ocupam três galerias do museu. A curadoria é do curador-chefe do museu, Marcelo Campos, Amanda Bonan, o historiador Luiz Antônio Simas e a escritora Conceição Evaristo.
YORÙBÁIANO
A mostra ocupa duas galerias do pavilhão de exposições do museu com trabalhos em diversos suportes, como fotografias, vídeos, instalações e objetos que evidenciam a cultura Yorubá. O baiano Ayrson Heráclito representa a grande reinvenção poética e política desse Brasil Yorubano.
Artista visual, curador, professor e doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Heráclito lida com frequência com elementos da cultura afro-brasileira, explorando em suas obras temas como o dendê, a vida no Brasil-Colônia, o charque, o açúcar, o esperma, o sangue, o corpo e a dor, assim como os arrebatamentos, apartheids e sonhos de liberdade. A exposição conta com apoio das galerias Almeida & Dale, Paulo Darzé, Portas Vilaseca e Simões de Assis. A curadoria é assinada por Marcelo Campos.
Imagens que não se conformam
A montagem, realizada em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) é resultado do encontro promovido pelo Instituto Cultural Vale, de modo a renovar os significados das peças da Coleção IHGB para interrogar, do ponto de vista artístico, as visões sobre a história do Brasil, propondo um diálogo com criações contemporâneas. A coletiva também lida com questões prementes, como a reparação histórica associada, aqui, aos discursos identitários e ao protagonismo de artistas descendentes dos povos originários, afrodescendentes e de gêneros dissidentes, ausentes das imagens da história.
Sob tutoria de Marcelo Campos, curador-chefe do MAR, e Paulo Knauss, sócio do IHGB, a exposição reúne cerca de 200 itens, entre fotografias, manuscritos, pinturas, lambe-lambes, esculturas e vídeos, ocupando uma das galerias do 2º andar do Pavilhão de Exposições do museu até outubro deste ano.
Paulo Werneck - murais para o Rio
A exposição traz à tona a trajetória do artista carioca por meio de projetos de murais para edifícios públicos e privados da cidade, lançando luz sobre a obra do pioneiro da atividade mural no país, reunindo aspectos importantes de sua biografia, como as atividades de ilustrador e artista gráfico.
Entre os itens do acervo, estudos preparatórios para painéis executados em mosaico, além de ilustrações, objetos e alguns documentos históricos. Com 150 peças, o montante agrega projetos por afinidades estéticas, revelando um variado repertório de composições figurativas, abstratas e geométricas. A curadoria é assinada por Claudia Saldanha, doutora em artes, professora e gestora cultural, e Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.
O Museu de Arte do Rio
Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. “A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949.
O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.
Após o início das atividades em 2021, a OEI e o Instituto Odeon celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.
O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e a Bradesco Seguros como patrocinadora, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A Escola do Olhar conta com o apoio do Itaú, da Machado Meyer Advogados e da Icatu Seguros via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo Grupo GPS, RIOgaleão, ICTSI Rio Brasil, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e HIG Capital. O Instituto Olga Kos patrocina os recursos de acessibilidade do MAR.
O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.