Rins, córneas e fígado foram captados no Hospital Municipal de Emergência, onde o paciente estava internado
A Prefeitura de Resende realizou nesta quinta-feira, dia 6, mais uma captação de órgãos de um paciente que faleceu e estava internado no Hospital Municipal de Emergência Henrique Sérgio Grégori — a cirurgia aconteceu no mesmo hospital após autorização da família do paciente.
O procedimento foi intermediado pelos membros do Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro e contou com o auxílio da equipe do Hospital de Emergência.
Foram captados os rins, córneas e o fígado, que poderão salvar até quatro vidas. Após a retirada, os órgãos foram encaminhados ao Rio de Janeiro.
- Uma vida foi perdida, mas mesmo diante da dor, a família teve a sensibilidade de poder ajudar a resgatar outras vidas. Este é um exemplo de empatia e humanidade, tanto por parte dos doadores quanto dos profissionais. De acordo com um levantamento de dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e novembro de 2021 foram realizados 12 mil procedimentos e, mesmo assim, a lista de espera para transplante de órgãos e córneas aumentou - disse Jayme Neto, secretário de Saúde de Resende.
O Programa Estadual de Transplantes foi lançado em 2010 e é responsável por aumentar o número de transplantes de órgãos e tecidos no estado do RJ.
Como ser um doador
A doação de órgãos pode ser feita a partir de um doador vivo, mas apenas para alguns órgãos, sendo pulmão e rim, porque existem dois em cada organismo; e o fígado, que tem potencial de regeneração. Neste caso, familiares do doador podem ser beneficiados; para a situação de não haver grau de parentesco, o procedimento ocorre apenas com autorização judicial.
Caso o paciente já tenha falecido por morte cerebral, múltiplos órgãos podem ser doados como rins, coração, pâncreas, fígado, intestino, córneas, além de ossos, cartilagem, tendões, pele, veias e artérias. Uma série de exames é feita para verificar as condições dos órgãos e se há possibilidade de doações futuras.