Nos dias 4 e 5 de setembro, o Museu de Arte do Rio recebe a cerimônia de premiação, que neste ano recebeu quase 500 candidatura
O Museu de Arte do Rio irá receber nos dias 4 e 5 de setembro, a cerimônia da V edição do Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos “Óscar Arnulfo Romero”, premiação que reconhece o trabalho de organizações da sociedade civil, instituições educativas, empresas, organismos públicos e fundações, cujas iniciativas de educação não formal tenham como objetivo defender e promover os direitos humanos e a cidadania plena de todas as pessoas na Ibero-América. O prêmio idealizado pela Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) é um reconhecimento concedido desde 2015 a quem atua de forma exemplar na defesa e promoção dos direitos humanos por meio da educação.
Para a quinta edição do prêmio, que teve início em janeiro de 2024, foi decidido pela criação de uma categoria exclusiva dedicada à educação não formal. Desta forma, foram recebidas inscrições da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Para a escolha dos vencedores das etapas nacionais, foi constituído um corpo de jurados diversificado e altamente qualificado, que incluiu acadêmicos, representantes de ministérios da Educação, diplomatas, especialistas das Nações Unidas e da UNESCO, bem como membros de organizações da sociedade civil.
Na atual etapa, os vencedores de cada um dos países da região que participaram desta edição do prêmio, serão convidados para o V Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos, que acontecerá no Rio de Janeiro, Brasil. Como forma de reconhecimento aos participantes, durante o seminário serão concedidos diplomas de certificação e três incentivos monetários: um primeiro prêmio de US$ 8.000; um segundo prêmio de US$ 4.000; e um terceiro prêmio de US$ 2.000. Os valores deverão ser reinvestidos no desenvolvimento dos projetos premiados.
Quase 500 inscrições
Foram inscritos um total de 482 projetos para a quinta edição do prêmio, dos quais 19 foram premiados e 43 receberam menções especiais por suas iniciativas de destaque. Os projetos abordaram questões fundamentais como a juventude e a democracia; migração; direitos das mulheres e meninas; memória histórica; tecnologia; cultura e arte; saúde mental; e direitos dos povos indígenas, entre outros.
Na Argentina, o Programa de Proteção Digital da Defensoria da Criança e do Adolescente da Província de Córdoba foi selecionado como a iniciativa que representará o país. Por sua vez, a Bolívia será representada pelo projeto Círculo de Estudos Albor, do Centro Albor, Arte e Cultura, enquanto o Brasil terá a iniciativa RAP (Ressocialização, Autonomia e Protagonismo), projeto da Secretaria de Estado da Educação da União do Distrito Federal.
O Chile será representado pelo projeto Escuelitas Raíces: tengo derechos, promovido pela ONG Conciencia Social, enquanto a Colômbia apresentará a iniciativa A paz é minha história da Subsecretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Cali. A Costa Rica levará o projeto Chicas en Tecnología da Fundação Parque Metropolitano La Libertad. Da mesma forma, Palomas da Casa de Produção Audiovisual de Ativismo Social e Huertomanías da Fundação Surkuna representarão Cuba e Equador, respectivamente.
El Salvador, Espanha e Guatemala estarão representados pelos projetos Luciérnagas en Red: liderança juvenil pela memória histórica e direitos humanos do Museu da Palavra e da Imagem; EnRÉDate pela interculturalidade: cidadania transformadora, promovendo comunidades educativas justas, pacíficas e inclusivas até 2030, da Fundação Jóvenes y Desarrollo, e da Hero School, uma iniciativa da Long Way Home.
Alivio para el Sufrimiento, da Fundação Alivio del Sufrimiento (FAS) é o projeto selecionado para representar Honduras, enquanto o México levará a iniciativa Jovens Construindo Sociedades de Direitos, da ONG Jóvenes Articulando Territorios A.C. O Panamá escolheu o projeto Laboratório Latino-Americano de Ação Cidadã da Jovens Unidos pela Educação, e o Peru será representado pelo projeto Escola de formação política feminista: ativistas adolescentes e jovens venezuelanas e peruanas influenciando a agenda pública por seus direitos, da Associação Civil Quinta Ola.
Por sua parte, Portugal apresentará o projeto MEERU Aproxima, da organização MEERU Abrir Caminho, e a República Dominicana será representada pelo Museu Memorial da Resistência Dominicana, iniciativa promovida pelo Arcebispado da República Dominicana. Por fim, o Uruguai contará com a representação do projeto Cooperativa de Habitação, Reciclagem e Ajuda Mútua HAMABI – Cooperativa para Usuários de Saúde Mental de HAMABI, e a Venezuela participará com o programa Rutera: sexualidades, estigma e aborto na perspectiva dos adolescentes, uma realização do grupo Feministas na Ação Livre e Direta pela Autonomia Sexual e Reprodutiva (Faldas-R).
Sobre a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI)
Sob o lema "Fazemos a cooperação acontecer", a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) é, desde 1949, o primeiro organismo intergovernamental para a cooperação Sul-Sul no espaço ibero-americano. Atualmente, conta com 23 Estados-Membros e 19 escritórios nacionais, além de sua Secretaria-Geral em Madri. Em 2024, recebeu o prestigioso Prêmio Princesa de Astúrias de Cooperação Internacional "por seu trabalho frutífero na promoção do multilateralismo e por representar uma ponte significativa nas relações entre a Europa e a Ibero-América".
Com mais de 650 projetos em andamento e 400 acordos de cooperação ativos, a OEI representa uma das maiores redes de cooperação da Ibero-América. Entre seus resultados, a organização contribuiu para a drástica redução do analfabetismo na Ibero-América, com uma média de 12 milhões de beneficiários diretos nos últimos 5 anos.
Sobre o Museu de Arte do Rio
O MAR é um museu da Prefeitura do Rio e a sua concepção é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Roberto Marinho. Em janeiro de 2021, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) que, em cooperação com a Secretaria Municipal de Cultura, tem apoiado as programações expositivas e educativas do MAR por meio da realização de um conjunto amplo de atividades. A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais.
Em 2024, a OEI e o Instituto Arte Cidadania (IAC) celebraram a parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, a partir de quando o IAC passa a auxiliar na correalização da programação.
O MAR tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor e a Globo como patrocinadores master e o Itaú Unibanco como patrocinador. São os parceiros de mídia do MAR: a Globo e o Canal Curta.
A Machado Meyer Advogados e a Wilson Sons também apoiam o MAR.
O MAR conta ainda com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil, também via Lei Federal de Incentivo à Cultura.