RESENDE - Das instruções para o terreno. Dos planos para a execução. Das teorias para a realidade prática. Nesta segunda-feira, 16, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) iniciou a Manobra Escolar 2020, maior exercício militar da instituição. Com participação de mais de 3 mil militares da AMAN, do Batalhão de Comando e Serviços e de mais de 60 unidades militares, a atividade arremata o ano de instrução da academia. A Manobra se estenderá até esta sexta-feira, 20, tanto em Resende-RJ quanto em municípios vizinhos.
Realizada com participação de cadetes de todos os cursos da AMAN, a Manobra Escolar é uma grande atividade prática de emprego militar simulado baseado em situações-problema pré-estabelecidos. Comandante da Academia, General de Brigada Paulo Roberto Rodrigues Pimentel destacou a importância da manobra para a formação dos cadetes.
“Esse é o momento em que coroamos a instrução de todos os cursos. É na Manobra que integramos todas as armas, quadro e serviço, de forma que o cadete consiga contextualizar melhor o papel de cada arma em um conflito”. O comandante ressaltou ainda a preocupação em desenvolver ações simuladas em consonância com a atual realidade de conflitos. “A essência da Manobra é o combate convencional, mas ela acompanha a evolução do conflito moderno, e insere o combate não-linear e a guerra híbrida”.
O Cadete de Infantaria Adilson, do quarto ano, frisou a importância da aplicação das teorias. “Para nós, que estamos indo para a tropa, a Manobra é uma experiência ímpar. Temos oportunidade de exercer funções de comando, e estamos aqui para ver coisas que poderemos vivenciar no futuro”.
Também Cadete do Curso de Infantaria do quarto ano, Estevão é um dos que assumiram funções de comando na Manobra. Comandante da Companhia de Apoio, com função logística, o infante também destacou a importância do exercício. “É aqui que aplicamos todo o conhecimento que adquirimos no ano de instrução”.
APRONTO OPERACIONAL
Nesta segunda-feira, 16, a Manobra Escolar foi iniciada com o Apronto Operacional, oportunidade em que todos os cursos verificam se efetivo e equipamentos estão preparados para suas missões. Diferente de anos anteriores, a atividade foi realizada de forma segregada nos respectivos parques de cada curso – cada qual com uma programação específica adaptada às suas missões. Mesmo assim, o objetivo do exercício continuou o mesmo.
“Essa verificação não se dá apenas no aspecto material, mas também serve para analisarmos se o militar sabe qual será sua missão”, reforçou o Major Mellinger, Instrutor Chefe do Curso de Infantaria.Major Clériston do Curso de Engenharia também ressaltou o apronto operacional como passo fundamental na preparação para o combate. “Esta é a última oportunidade que o cadete tem de verificar o armamento e o equipamento antes do cumprimento de sua missão, de checar se seu material individual e o coletivo estão em condições”.
(FOTO: Divulgação AMAN)